sábado, 5 de maio de 2012

A História de Maria Padilha

Fui abençoada por Oxalá quando descobri que fui destinada a trabalhar com essa magnífica e respeitada senhora. Mas do que uma pombagira, ela é, para mim, uma grande amiga e companheira, a quem eu respeito e admiro muito.
Recentemente deparei-me com uma matéria sobre sua vida material, a qual, com emoção, descrevo abaixo.

Maria de Padilla...


A suntuosa Maria de Padilha era filha de Juan Garcez de Padilha, o senhor de Villagera, e de Maria de Henestrona. Vivia em uma província chamada Palencia, em um lugar denominado Padilla, em Miranda de Castro Xerez, próximo de Burgos (Espanha), este lugar foi governado e povoado por Dom Pedro I de Castela (Rei de Castela e Leão, filho de Maria de Portugal e Afonso XI de Castela).



Maria de Padilha era Dama da esposa do Conde de Albuquerque, que por sua vez era mordomo-mor de Maria de Portugal, a rainha de Castela. Foi apresentada de João Afonso de Albuquerque.

Maria de Padilha tornou-se amante de Dom Pedro I de Castela e passou a influenciá-lo nas mais importantes decisões. Foi graças a Maria de Padilha, em 1353, que Dom Pedro I de Castela, o jovem rei de 19 anos, escolheu governar como um autocrata apoiado no povo. O que lhe valeu o apelido de Justiceiro.

Maria de Portugal, mãe de Dom Pedro I de Castela, por razões políticas, arquitetou o casamento com Branca de Bourbon. No dia 25 de fevereiro de 1353, Branca de Bourbon (originária da França) chegava em Valladolid, com seu séquito chefiado pelo Visconde de Narbona, mas Pedro I encontrava-se em Torrijos com Maria de Padilha prestes a dar à luz.

Em 3 de junho do mesmo ano, houve a cerimônia de boda de Pedro I de Castela com Branca de Bourbon. Três dias mais tarde, o rei voltou para Puebla de Montalvian, onde Maria de Padilha o aguardava. Após uma breve reconciliação em Valladolid, Dom Pedro I de Castela partiu juntamente com Maria de Padilha para Olmedo, onde se casou, em Sevilha secretamente com Maria e abandonou sua esposa. Após o casamento com Dom Pedro I de Castela, Maria de Padilha muda seu nome para Maria Padilha para adequar-se à pronúncia dialética de Olmedo. Nascendo, assim, a linhagem da família Padilha. A Casa Real de Padilha.

O partido político, adverso a Pedro, descobre que ele havia se casado, secretamente, com Maria Padilha e exerce pressão política contra o seu reinado. Don Beltran de La Sierra, núncio do papa, intimou o rei a retomar Branca como sua esposa. O rei, entretanto, preferiu mantê-la presa, levando-a de Siguenza para Jerez de La Frontera e para Medina Sidonia, até que em 1361 Branca de Bourbon é envenenada pelo ballestero Juan Perez de Rebolledo.

Quando tudo parecia bem, a desgraça recai sobre a casa real. Algumas semanas após a morte de Branca de Bourbon, em Medina Sidonia, Maria Padilha morre durante a pandemia da peste bubônica de 1361. após sua morte, todos os herdeiros pertencentes à Casa de Padilha mudaram seus títulos para Padilha.

Dona Maria Padilha e Dom Pedro I de Castela tiveram quatro filhos:

Beatriz, infanta de Castela (1353-1369)
Constança, infanta de Castela (1354-1394)
Isabel, infanta de Castela (1355-1393)
Afonso, príncipe herdeiro de Castela (1359-1362)

O PALÁCIO


Consta que o rei Pedro I de Castela (não confundir com o Dom Pedro I de Portugal) ordenou a construção de uma residência real dentro dos palácios originalmente erguidos pelos mouros no século 12, o Palácio Alcázar, e ali estabeleceu a sua corte.
Em dois anos, artesãos de Granada e Toledo criaram pátios e salões em estilo mudéjar, considerado uma Jóia da arquitetura mudéjar, “joya Del arte mudéjar”. Dispostos com terraços, fontes e pavilhões, os tranqüilos jardins do Real Alcázar constituem um agradável refúgio de Amor, a sua arquitetura tem uma mistura de arte islâmica, romântica, gótica e renascentista, tudo acentuado com cores brilhantes.
Nos salões e nos jardins do palácio, os menestréis cantavam suas cantigas de amor.
Foi em um desses jardins, no palácio, que a jovem Padilha fez, junto a uma árvore, um feitiço de amor para conquistar eternamente o amor de seu rei.


SIGNIFICADO DO NOME PADILHA

O termo Padilha é a pronúncia, aportuguesada, originária da palavra espanhola padilla, ao qual, em castelhano, é o nome dado a uma ferramenta utilizada por padeiros, também podendo se referir a um determinado tipo de forno de pedra; para posicionar os alimentos no interior desse forno, utilizavam-se pás de cabo longo. O nome Padilha foi adotado pelos descendentes de Maria de Padilha, a qual teve o nome alterado para Maria Padilha após seu casamento com Dom Pedro I de Castela.


ORIGEM DO NOME PADILHA

O nome Padilha originou-se do nome da nobreza espanhola Padilla, mais especificamente de Dona Maria de Padilha, mais conhecida como Maria Padilha, a amante, conselheira e, posteriormente, esposa de Dom Pedro I de Castela. De acordo com a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira (p. 928-932), a família Padilha é uma família nobiliária portuguesa. O nome, originário em homenagem à segunda esposa de Pedro I de Castela, Dona Maria Padilha de Castela, da Casa de Padilha (Antiga Família Padilla), em Castela, na Espanha Ibérica, pertencente à Dinastia de Borgonha. Padilha foi uma família efetivamente ligada à Casa Real Portuguesa, originária da Casa de Padilha na Espanha, com vínculos à casa Real Espanhola e a todas as demais casas reais da Europa.

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