sábado, 5 de maio de 2012

A Educação dos Médiuns

 Texto para reflexão dos médiuns em geral...

Se é certo que todos temos possibilidades mediúnicas, também o é que nem todos possuem faculdades suficientemente desenvolvidas para atuarem, dominantemente, no ambiente em que vivem, pois somente em determinada fase do desenvolvimento, tal coisa é possível.
Até chegar a esse ponto, são, pois, os médiuns, vítimas de inúmeras perturbações, mais que quaisquer outros.
Quando, afinal, atingem um certo grau de eficiência própria, com a eclosão e o domínio das faculdades, seus organismos ficam sujeitos a um funcionamento psíquico complexo e delicado, que exige constantes cuidados. E, por outro lado, justamente porque entram em campo de trabalho coletivo, pelo exercício diário das faculdades, passam a sofrer tentações de toda espécie.
Em geral, é muito descuidada a educação dos médiuns e ainda não se chegou, no Espiritismo, a um conhecimento seguro e esclarecido a respeito deste assunto.
De início não basta qie se mandem os médiuns assistir sessões ou ler livros de Doutrina, porque muitas vezes, nessas sessões, não encontram eles orientadores competentes, nem o ambiente saturado de pureza fluídica de que necessitam e, quanto à leitura, nem sempre ela lhes fornecerá os esclarecimentos indispensáveis, de forma objetiva, que sirva de norma prática de conduta pessoal.
Muito raramente os médiuns podem ser autodidatas: invariavelmente precisam de orientação e orientadores competentes; como quaisquer outros, são discípulos que precisam de mestres. Em geral, ao se entregarem ao desenvolvimento, ao invés de obterem alívio para suas perturbações, de ocorrência infalível, consolo para suas mágoas, esclarecimento para suas dúvidas, força para sua luta obscura, segurança para suas vidas, encontram, muitas vezes, o personalismo de uns, a ignorância de outros, e um conhecimento empírico ou falso, que ainda lhes envenena a alma com supertições grosseiras.
Quando precisariam de ambientes claros e elevados, encontram muitas vezes atmosferas pesadas, hostis, de Espíritos inferiores, que ainda vêm acrescentar influências perniciosas àquelas de que já eram vítimas e contra as quais, justamente, iam buscar auxílio.
É preciso, portanto, que somente frequentem sessões onde encontrem ambientes verdadeiramente espiritualizados, onde imperem as forças boas e onde as más, quando se apresentarem, possam ser dominadas.
E sessões desta natureza só podem existir onde haja, da parte de seus dirigentes, um objetivo elevado a atingir, fora do personalismo e da influência de interesses materiais, onde os dirigentes estejam integrados na realização de um programa elaborado e executado em conjunto com entidades espirituais de hierarquia elevada.
Sem espiritualidade não se consegue isso; sem Evangelho, não se consegue espiritualidade e sem o propósito firme e perseverante de reforma moral, não se realiza o Evangelho.
O médium, antes que qualquer outro, deve se bater pela conquista de sua espiritualização, fugindo à materialidade, combatendo paixões animais e organizando um programa de vida moral que o afaste dos vícios e o aproxime da perfeição.
Referindo-se mao hábito errôneo de médiuns de efeitos físicos se julgarem privilegiados e de receberem de forma altamente mística o Espírito materializado, reverenciando-o como se a materialização fosse um fenômeno sobrenatural e sagrado, diz André Luiz: "O próprio verbo referente ao assunto em sentido literal, não encoraja qualquer interpretação em desacordo com a verdade. Materializar significa corporificar."
"Ora, considerando-se que mediunidade não traduz sublimação e sim meio de serviço, e reconhecendo, ainda, que a morte não purifica, de imediato, aquele que se encontra impuro, como atribuir santidade a médiuns da Terra ou a comunicantes do além pelo simples fato de moderarem formas passageiras entre dois planos?"
"A força materializante, prossegue o Autor, é como as outras manipuladas em nossas tarefas de intercâmbio: independem do caráter e das qualidades morais daqueles que as possuem, constituindo emanações do mundo psicofísico, dos quais o citoplasma é uma das fontes de origem."
Somente assim, quando mantiver seu corpo limpo e seu coração purificado, quando for capaz de pensamentos e atos retos e dígnos, poderá então considerar-se apto a receber e transmitir a palavra dos verdadeiros mensageiros divinos.
O Espiritismo, como doutrina, é inatacável, porque tem seus fundamentos no Evangelho do Cristo, mas apresenta falhas na sua prática, já que esta, como é natural, é realizada pelos homens; mas é educando e formando os médiuns para o trabalho evangélico, que conseguiremos modificar esta situação. O campo evangélico é o único perfeito e o mais elevado e quando chega a poder utilizar suas faculdades neste campo, é que o médium está verdadeiramente em condições de executar sua tarefa no mundo.

Livro Mediunidade - Edgard Armond

A História de Maria Padilha

Fui abençoada por Oxalá quando descobri que fui destinada a trabalhar com essa magnífica e respeitada senhora. Mas do que uma pombagira, ela é, para mim, uma grande amiga e companheira, a quem eu respeito e admiro muito.
Recentemente deparei-me com uma matéria sobre sua vida material, a qual, com emoção, descrevo abaixo.

Maria de Padilla...


A suntuosa Maria de Padilha era filha de Juan Garcez de Padilha, o senhor de Villagera, e de Maria de Henestrona. Vivia em uma província chamada Palencia, em um lugar denominado Padilla, em Miranda de Castro Xerez, próximo de Burgos (Espanha), este lugar foi governado e povoado por Dom Pedro I de Castela (Rei de Castela e Leão, filho de Maria de Portugal e Afonso XI de Castela).



Maria de Padilha era Dama da esposa do Conde de Albuquerque, que por sua vez era mordomo-mor de Maria de Portugal, a rainha de Castela. Foi apresentada de João Afonso de Albuquerque.

Maria de Padilha tornou-se amante de Dom Pedro I de Castela e passou a influenciá-lo nas mais importantes decisões. Foi graças a Maria de Padilha, em 1353, que Dom Pedro I de Castela, o jovem rei de 19 anos, escolheu governar como um autocrata apoiado no povo. O que lhe valeu o apelido de Justiceiro.

Maria de Portugal, mãe de Dom Pedro I de Castela, por razões políticas, arquitetou o casamento com Branca de Bourbon. No dia 25 de fevereiro de 1353, Branca de Bourbon (originária da França) chegava em Valladolid, com seu séquito chefiado pelo Visconde de Narbona, mas Pedro I encontrava-se em Torrijos com Maria de Padilha prestes a dar à luz.

Em 3 de junho do mesmo ano, houve a cerimônia de boda de Pedro I de Castela com Branca de Bourbon. Três dias mais tarde, o rei voltou para Puebla de Montalvian, onde Maria de Padilha o aguardava. Após uma breve reconciliação em Valladolid, Dom Pedro I de Castela partiu juntamente com Maria de Padilha para Olmedo, onde se casou, em Sevilha secretamente com Maria e abandonou sua esposa. Após o casamento com Dom Pedro I de Castela, Maria de Padilha muda seu nome para Maria Padilha para adequar-se à pronúncia dialética de Olmedo. Nascendo, assim, a linhagem da família Padilha. A Casa Real de Padilha.

O partido político, adverso a Pedro, descobre que ele havia se casado, secretamente, com Maria Padilha e exerce pressão política contra o seu reinado. Don Beltran de La Sierra, núncio do papa, intimou o rei a retomar Branca como sua esposa. O rei, entretanto, preferiu mantê-la presa, levando-a de Siguenza para Jerez de La Frontera e para Medina Sidonia, até que em 1361 Branca de Bourbon é envenenada pelo ballestero Juan Perez de Rebolledo.

Quando tudo parecia bem, a desgraça recai sobre a casa real. Algumas semanas após a morte de Branca de Bourbon, em Medina Sidonia, Maria Padilha morre durante a pandemia da peste bubônica de 1361. após sua morte, todos os herdeiros pertencentes à Casa de Padilha mudaram seus títulos para Padilha.

Dona Maria Padilha e Dom Pedro I de Castela tiveram quatro filhos:

Beatriz, infanta de Castela (1353-1369)
Constança, infanta de Castela (1354-1394)
Isabel, infanta de Castela (1355-1393)
Afonso, príncipe herdeiro de Castela (1359-1362)

O PALÁCIO


Consta que o rei Pedro I de Castela (não confundir com o Dom Pedro I de Portugal) ordenou a construção de uma residência real dentro dos palácios originalmente erguidos pelos mouros no século 12, o Palácio Alcázar, e ali estabeleceu a sua corte.
Em dois anos, artesãos de Granada e Toledo criaram pátios e salões em estilo mudéjar, considerado uma Jóia da arquitetura mudéjar, “joya Del arte mudéjar”. Dispostos com terraços, fontes e pavilhões, os tranqüilos jardins do Real Alcázar constituem um agradável refúgio de Amor, a sua arquitetura tem uma mistura de arte islâmica, romântica, gótica e renascentista, tudo acentuado com cores brilhantes.
Nos salões e nos jardins do palácio, os menestréis cantavam suas cantigas de amor.
Foi em um desses jardins, no palácio, que a jovem Padilha fez, junto a uma árvore, um feitiço de amor para conquistar eternamente o amor de seu rei.


SIGNIFICADO DO NOME PADILHA

O termo Padilha é a pronúncia, aportuguesada, originária da palavra espanhola padilla, ao qual, em castelhano, é o nome dado a uma ferramenta utilizada por padeiros, também podendo se referir a um determinado tipo de forno de pedra; para posicionar os alimentos no interior desse forno, utilizavam-se pás de cabo longo. O nome Padilha foi adotado pelos descendentes de Maria de Padilha, a qual teve o nome alterado para Maria Padilha após seu casamento com Dom Pedro I de Castela.


ORIGEM DO NOME PADILHA

O nome Padilha originou-se do nome da nobreza espanhola Padilla, mais especificamente de Dona Maria de Padilha, mais conhecida como Maria Padilha, a amante, conselheira e, posteriormente, esposa de Dom Pedro I de Castela. De acordo com a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira (p. 928-932), a família Padilha é uma família nobiliária portuguesa. O nome, originário em homenagem à segunda esposa de Pedro I de Castela, Dona Maria Padilha de Castela, da Casa de Padilha (Antiga Família Padilla), em Castela, na Espanha Ibérica, pertencente à Dinastia de Borgonha. Padilha foi uma família efetivamente ligada à Casa Real Portuguesa, originária da Casa de Padilha na Espanha, com vínculos à casa Real Espanhola e a todas as demais casas reais da Europa.

segunda-feira, 30 de abril de 2012


Mensagem muito elucidante ...  bastante incentivadora a todos os médiuns principalmente os iniciantes ....



 Busca da Inconsciência


Acredito que hoje a incorporação com inconsciência ou semiconsciência é algo que se conquista com o tempo e, também, que todos têm a possibilidade de atingir este nível de mediunidade. Claro que a consciência, assim como a semiconsciência, são oportunidades únicas e divinas que temos para aprender o que é compaixão e para exercer a nossa real reforma íntima. No entanto a inconsciência parece ser o “sonho de consumo” para muitos médiuns e para eles nada melhor do que o tempo. Mas por que o tempo? Porque com o tempo aprendemos a entender o plano astral e a confiar na Espiritualidade e nos Guias Espirituais que nos sustentam mas, principalmente, aprendemos a amar. Entender o plano astral é fundamental e quando isso não acontece bloqueamos as informações do próprio astral. O fato é que se não conhecemos, por exemplo, as ações maléficas de um egum não as reconheceremos a nível energético ou espiritual e, com certeza, as ações do Guia, assim como a comunicação dele conosco, será muito difícil e duvidosa pois a insegurança e o medo serão alimentados pela nossa falta de conhecimento.Também é fundamental confiar nos Guias Espirituais e para isso é importante conhecê-los. É importante saber quais são suas afinidades com as ervas ou com as pedras, seus pontos de força, suas vestimentas, suas armas e seus símbolos astrais. Conhecer suas formas de trabalho como, por exemplo, se são curadores, demandadores ou doutrinadores, assim como saber se a nossa ligação com este Guia é cármica, missionária, temporária (com a finalidade de aprendizado para ambos) ou se Ele é nosso protetor. E por aí vai! São informações simples mas que fazem toda a diferença pois servem para que se criem laços “de baixo para cima”, afinal os laços de cima para baixo já existem, além de facilitar muito todo o trabalho espiritual e a própria incorporação.A partir daí o medo e a insegurança começam a diminuir e, com certeza, as coisas ficam muito mais simples. Uma frase que sempre digo é que “não se pode amar aquilo que não se conhece” e a Umbanda, assim como os queridos Guias Espirituais, necessitam de nosso amor. Um amor de alma, que se manifesta na hora de alegria mas, principalmente, na hora da dor. Quando falamos em amar falamos em não julgar. Aí está a verdadeira manifestação do ser como “instrumento”, manifestação essa tão solicitada pelos Guias Espirituais e que muitas vezes somos testados pelo próprio plano astral. Um bom exemplo disso é quando ouvimos dos consulentes erros idênticos àqueles que convivemos ou combatemos em nosso dia a dia junto à nossa família, nossos amigos ou conosco mesmo. Nesse momento somente um verdadeiro instrumento de Deus. ou seja, um médium confiante na espiritualidade e com amor incondicional para realizar uma boa consulta junto com o Guia, sem julgar ou interferir.Claro que podemos acelerar esse tempo e para isso temos duas necessidades: Primeiro a de estudar a doutrina Umbandista e segundo a de exercitar aquilo que conscientemente ouvimos dos Guias Espirituais de Luz. Necessidades essas que, na verdade, representam todo um processo de Fé, Amor, Compaixão e Caridade e que devem ser exercitadas por todos os Umbandistas incondicionalmente. Aos que galgam a inconsciência para terem Fé, para se esconderem atrás dela se isentando de suas responsabilidades ou para fazerem dela suas muletas de ego e vaidade, saibam que é muito mais honroso a realização de um bom trabalho no limite da consciência ou semiconsciência do que uma manifestação grandiosa mas inconsciente. 

Mãe Mônica Caraccio

domingo, 29 de abril de 2012

DOS FRACASSOS E DAS QUEDAS...


OS FRACASSOS

Das cidades, colônias e demais núcleos espirituais do Espaço, constantemente partem, com destino à Terra, trabalhadores que pediram ou receberam, como dádivas do Alto, tarefas de serviço ou de resgate, no campo nobilitante da mediunidade.
Um complexo e delicado trabalho preparatório é realizado pelos protetores espirituais para oferecer-lhes aqui condições favoráveis à execução das tarefas ajustadas: corpo físico, ambiente doméstico, meio social, recursos materiais, etc., e isso além dos exaustivos esforços que envidam para o desenvolvimento regular de encarnação propriamente dita (defesa, formação do feto etc.).
Dado, porém, o nascimento, transcorrida a infância e a juventude quando, enfim, soam ao seu íntimo e ao seu redor, os primeiros chamamentos para o trabalho edificante, eis que, muitas vezes, ou quase sempre, a trama do mundo já os envolveu de tal forma que se tornam surdos e cegos, rebeldes ao convite, negligentes ao compromisso, negativos para o esforço redentor.
Deixam-se dominar pelas tentações da matéria grosseira, aferram-se ao que é transitório e enganoso e, na maioria dos casos, somente ao guante da dor e a poder de insistentes interferências punitivas, volvem seus passos, relutantemente, para o caminho sacrificial do testemunho.
Não consideram, desde logo, que ninguém desce a um mundo de expiação como este, para usufruir repouso ou bem-estar, mas sim unicamente para lutar pela própria redenção, vencendo os obstáculos inumeráveis que a cada passo surgem, vindos de muitas direções.
Os dirigentes das instituições assistenciais ou educativas do espaço têm constatado como regra geral que poucos, muito poucos médiuns triunfam nas tarefas e que a maioria fracassa lamentavelmente, apesar do auxílio e da assistência constantes que recebem dos planos invisíveis; e esclarecem também que as causas gerais desses fracassos são: a ausência da noção de responsabilidade própria e a falta de recordação dos compromissos assumidos antes da reencarnação.
Ora, se o esquecimento do passado é uma contingência, porém necessária, da vida encarnada de todos os homens, ele não é, todavia, absoluto, mormente em relação aos médiuns, porque os protetores, constantemente e com desvelada insistência, lhes fazem advertências nesse sentido, relembrando seus deveres; muito antes que o momento do testemunho chegue, já eles estão advertindo por mil modos, desenvolvendo nos médiuns em perspectiva, noções bem claras de sua responsabilidade pessoal e funcional.
Por isso, das causas apontadas acima, somente julgamos ponderável a falta de noção de responsabilidade, porque, se essa noção existisse, os médiuns desde logo se dedicariam à tarefa, devotadamente.
Isso é lógico, tratando-se de médiuns estudiosos, que se preocupam com a obtenção de conhecimentos doutrinários, porque, para os demais, à irresponsabilidade acresce a ignorância e a má vontade.
E essa noção de irresponsabilidade é tão ampla que muitos médiuns, mormente aqueles que o orgulho pessoal ou as ambições do mundo dominam, maldizem a posse das faculdades que possuem, como se fossem estorvos; e outros há, menos radicais, mas não menos desorientados, que lastimam não serem incosncientes, para poderem então exercê-las à revelia de si mesmos.
Quão poucos, os esclarecidos e lúcidos, que se prosternam e, humildemente clamam: Bendito sejas, ó Senhor, que me haveis concedido tão excelente e poderosa ferramenta de serviço redentor! Graças, Senhor, por me haverdes separado para o trabalho da tua vinha!
AS QUEDAS

As quedas são mais comuns nos degraus inferiores da escala evolutiva e tanto mais dolorosas e profundas se tornam, quanto maior for o cabedal próprio de conhecimentos espirituais adquiridos pelo Espírito.
"Estado de evolução" e "estado de queda" são duas condições de caráter geral, em que se encontram os Espíritos nas fases inferiores da ascese.
Essas são as condições que dominam no Umbral o qual, como sabemos, é uma esfera de vida purgatorial, bem como nos planos que lhe estão, até um certo ponto e de um certo modo, imediatamente acima.
Quando, porém, as quedas se acentuam devido à reincidência de transgressões, elas levam os culposos às Trevas, esfera mais profunda, de provas mais acerbas, situada abaixo da Crosta.
Entretanto, em qualquer tempo ou situação, o Espírito culposo pode retomar a evolução, voltando à ascese, desde que reconsidere, arrependa-se e se disponha ao esforço reabilitador.
a misericórdia divina cobre a multidão de pecados e dá ao pacador incessantes e renovadas oportunidades de redenção. A redenção, pois, não é um acontecimento extraordinário, um ato de "juizo final" mas sim a manifestação da misericórdia de Deus em muitas oportunidades, no transcurso do esforço evolutivo.
Mas, perguntarão: o fracasso, na tarefa mediúnica, não sendo reincidente, lança o médium primário no estado de queda?
Não, desde que ele, no exercício das faculdades próprias, não tenha cometido crimes contra o Espírito. Esse fracasso primário traz ao médium uma parada na ascese evolutiva; fica ele em suspensão, aguardando nova oportunidade, temporariamente inativo, dependendo de nova tarfa redentora, que lhe será ou não concedida conforme as circunstâncias do fracasso: negligência, vaidade, cupidez, etc.
Mas lançá-lo-á na queda se praticou o mal conscientemente; se permitiu que suas faculdades fossem utilizadas pelos representantes das forças do mal; se orientou seu próximo por maus caminhos, lhe destruiu no Espírito a semente redentora da Fé, ou lhe perverteu os sentimentos fazendo-o regredir à animalidade; enfim, se deturpou a Verdade e lançou seu próximo ou a si mesmo no caminho do erro da iniquidade.
Há uma lei invariável que preside a este assunto: quando o médium se dedica à tarefa em comunhão com os Espíritos do bem, está em estado de evolução; quando ao contrário, a despreza ou, por mau procedimento, dá causa ao afastamento desses Espíritos, cai então sob a influência dos Espíritos do mal e entra em estado de queda.
A esse respeito diz André Luiz: "No campo da vidca espiritual, cada serviço nobre recebe op salário que lhe diz respeito e cada aventura menos digna tem o preço que lhe corresponde".
E prossegue:
"Mediação entre dois planos diferentes sem elevação de nível moral é estagnação na inutilidade".
"O pensamento é tão significativo na mediunidade, quanto o leito é importante para o rio".
"Ponde águas puras sobre um leito de lama pútrida e não tereis senão a escura corrente da viciação".
E mais: "Jesus espera a formação de mensageiros humanos capazes de projetar no mundo as maravilhas do seu Reino".
(Mediunidade - Edgard Armond)

DEFINIÇÕES:

Chacras - Centros de força, receptores e transmissores de energia cósmica e espiritual; alimentadores do metabolismo perispiritual.

Fluido - Energia cósmica da natureza magnético-plástica, recebida pelos chacras e pela respiração; alimentadora do metabolismo perispiritual e do corpo denso.

Vibrações - Ondulações energo-psíquicas (no homem), oriundas da mente e do coração, utilizadas para trabalhos espirituais. Cientificamente é a intensidade medida do ritmo atômico dos seres.

Radiação - Projeção direta e concentrada de energia mental ou fluídica. Difere da vibração mental unicamente no teor de dinamismo. Cientificamente é a emanação espontânea do metabolismo geral dos seres.

Ectoplasma - Substânica fluídico-plástica provinda do corpo etéreo; emanação residual do metabolismo residual do metabolismo celular.

Corpo Etéreo - Formação fluídico-plástica, emanada do corpo orgânico, altamente sensível e vitalizada, que se mostra 2 a 3 centímetros além da superfície do corpo físico, do qual é um duplicado e que se desintegra dias após o desencarne do Espírito.

Aura - Emanação do perispírito, visível em torno do corpo, sobrepondo-se ao corpo etéreo e o ultrapassando em maior ou menor amplitude, segundo o grau de evolução do indivíduo. Possui um fundo colorido estável e uma parte instável formada por: a) resíduos psíquicos em trânsito; b) estrias, também coloridas, que representam os pensamentos e as emoções momentâneas do indivíduo.

Perispírito - Envoltório do espírito, intermediário para o corpo denso; formado de fluídos plásticos próprios do plano espiritual em que ele atua; matriz do corpo orgânico.

Mente - Órgão perispiritual utilizado pelo Espírito para suas relações com o meio exterior. Divide-se em três setores de ação: superconsciente - relações com o Plano Espiritual; consciente - atividades do momento; subconsciente - arquivo de reminiscências, o setor mais movimentado e atuante no homem inferior.

Transe - Ação mais ou menos ativa e demorada de entidades e forças extra-sensoriais sobre o cérebro orgânico, com alterações do equilíbrio dos sentidos físicos; abertura da mente para recebimento de impressões do mundo espiritual. Para a incorporação, há cinco fases distintas no transe: percepção de fluídos, aproximação, contato, envolvimento e manisfetação.

Energia Cósmicas - Todas as energias, raios e ondas, oriundas do espaço cósmico que atuam sobre os seres, das quais um exemplo é o Prana, também chamado Força Vital, e outros nomes.

Plexos - Conjuntos e aglomerados de nervos e gânglios do sistema nervoso vago-simpático, regulador da vida vegetativa do corpo humano.

Passes - Transmissão de energia físico-perispirituais sobre órgãos ou setores do corpo humano, para cura de perturbações materiais ou espirituais.

(Definições do escritor e médium Edgard Armond em seu livro Desenvolvimento Mediúnico - editora Aliança)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A Origem do Hino da Umbanda

Nascido em 05 de Agosto de 1907 em Monção, Portugal, José Manuel Alves,este Leonino, já em sua terra natal era ligado a Música, tendo dos 12 aos 22 anos tocado clarineta na Banda Tangilense, em sua cidade natal. Com pouco mais de 20 anos, em 1929, vem para o Brasil, indo residir no interior do estado de São Paulo. No mesmo ano, mudou-se para a capital paulista, ingressando na Banda da Força Pública, onde ocupou vários postos, aposentando-se como capitão.
Em paralelo a esta função exerceu a carreira de compositor de Músicas Populares e, ao longo da mesma compôs dezenas de músicas as quais foram gravadas por famosos intérpretes da época: Irmãs Galvão, Osni Silva, Ênio Santos, Grupo Piratininga, Carlos Antunes e Carlos Gonzaga entre outros. Suas composições mais famosas foram: Em 1955, Juanita Cavalcanti gravou a marcha "Pombinha Branca" de sua autoria em parceria Reinaldo Santos; em 1956, Zaccarias e sua Orquestra gravaram o dobrado "Quarto Centenário", de sua parceria com Mário Zan. Compôs ainda valsas, xotes, dobrados, baiões, maxixes e outros gêneros musicais.
Em 1957, realizou sua única gravação no antigo disco de vinil, o "LP", acompanhado de sua banda, sendo a gravadora a RCA Victor. Mas … e a Umbanda? Aonde entra?

Para a Umbanda, e para vários Terreiros compôs diversos pontos gravados por diversos intérpretes, como por exemplo, "Saravá Banda" gravado em 1961 por Otávio de Barros, "Prece a Mamãe Oxum" gravado em 1962 pela cantora Maria do Carmo. Além destes temos: "Pombinha branca" (com Reinaldo Santos), "Ponto de Abertura" (com Terezinha de Souza e Vera Dias), "Ponto dos Caboclos", "Prata da Casa", "Prece a Mamãe Oxum", "Xangô Rolou a Pedra", "Xangô, Rei da Pedreira", "São Jorge Guerreiro", "Saravá Oxóssi", "Homenagem à Mãe Menininha" (c/ Ariovaldo Pires), Saudação aos Orixás, além do Hino da Umbanda.

Mas como foi estabelecida a sua ligação com a Umbanda? Cego de nascença, José Manuel Alves foi, no início da década de 60, em busca de sua cura. Foi procurar a ajuda do Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade do médium Zélio de Morais, fundadores da Umbanda. Embora não tenha conseguido sua cura porque, segundo consta, sua cegueira era de origem cármica, José Manuel Alves ficou apaixonado pela religião e, ainda em 1960, fez o Hino da Umbanda para mostrar que esta Luz Divina, que vem do Reino de Oxalá, não é para ser vista com os olhos físicos, que voltarão ao pó, mas sim com olhos do espírito, no encontro da mente com o coração …

O Hino foi apresentado ao Caboclo das Sete Encruzilhadas que gostou tanto do mesmo que resolveu apresentá-lo como Hino da Umbanda no 2º Congresso de Umbanda em 1961, sendo oficializado na 1ª Convenção do CONDU-Conselho Nacional Deliberativo de Umbanda em março de 1976.

Podemos nesta pequena história ver que este hino é fruto de um Amor muito grande pela Umbanda, Amor este oriundo de uma Fé profunda, daquelas obtidas com a Humildade e a Resignação ante ao Conjunto de Leis do Pai Maior.


Fonte: Umbanda de Jesus


A concentração do médium !


CONCENTRAÇÃO NOS TRABALHOS MEDIÚNICOS

Concentração:

Concentração é a arte de fixar a consciência numa idéia, numa imagem que se alonga em nossa área mental.

A concentração é um ato mental.
É a convergência de pensamentos para um determinado fim.
A convergência pressupõe a eliminação de todos os pensamentos que não sejam convenientes aos fins desejados.

Ä Relaxação:

A relaxação deverá ser completa: muscular e psíquica.

Durante a reunião, manter-se relaxado, respirar calmamente, se posicionar de forma cômoda, solta, evitando contrair os músculos, para facilitar um bem estar físico.

Ä Abstração:

A abstração quer dizer desligamento dos problemas outros que não digam respeito às finalidades da sessão; problemas domésticos, profissionais, particulares, etc.

A relaxação proporcionando um bem estar fisiológico e a abstração evitando tensões psíquicas, dão condições para que o indivíduo possa focalizar seu pensamento em objetivos elevados.

Ä Elevação:

Pensar no bem, no amor, na caridade, nas virtudes que exornam o caráter do verdadeiro cristão.
O resultado da reunião depende da concentração e da elevação com que é feita.

Ä Manutenção Vibratória:

Conseguida a concentração após um preparo adequado pôr parte de todos os componentes do grupo, é necessário manter-se o ambiente saturados de elementos fluídicos favorecedores do intercâmbio com o plano espiritual.

Mentalmente, envolver a todos em pensamentos agradáveis, desejando-lhes o melhor que se possa dar, como se a nossa mente estivesse emitindo forças e palavras de conforto e esclarecimento.



ÄBibliografia:

* Apostilas do COEM – Centro Espírita Luz Eterna – 1.ª, 2.ª e 3.ª sessões de exercícios práticos.
* Vinha de Luz – Francisco Cândido Xavier/Emmanuel – cap. 21 e 155.
* Encontro Marcado – Francisco Cândido Xavier/Emmanuel – cap. 14 e 41.
* Caminho Verdade e Vida – Francisco Cândido Xavier/Emmanuel – cap. 178.
O Livro dos Médiuns – Allan Kardec – Segunda Parte, capítulos II, III, IV, V, IX, X, XI, XII, XIII e XV. Assimilação das Correntes Mentais.
Apostila nº 8 do Coem – 23a. Sessão Teórica.
No Invisível – Léon Denis – capítulos XVI à XVIII.
O Fenômeno Espírita – Gabriel Delanne – Segunda parte, capítulo I.
Estudando a Mediunidade - Martins Peralva.
Apostila do COEM – Centro de Orientação e Educação Mediúnica – do Centro Espírita Luz Eterna – Primeira, Segunda e Quarta Sessões Teóricas – Mediunidade – Conceito – Classificação e Dos Médiuns.
Dicionário de Filosofia Espírita – Lamartine Palhano Jr.